Faço minhas escolhas. E o clichê soa mais clichê, me divirto com isso - mesmo tudo o que é relativo a sentimentos, principalmente a amor, é clichê, mas ninguém entende. E por mais que tenha medo das escolhas que faço, sou obrigada a fazê-las quando não estou preparada. E isso dói. Dói ver que aquele adeus, que por mais que soubesse que um dia seria dito, não houve aquele abraço - aquele com saudade antecipada, lágrimas a ponto de banhar-lhe o rosto e borboletas no estômago que são expressas sem nenhuma palavras, é possível sentir em cada fio de cabelo, escorrendo até a ponta dos dedos do pé.
O tamborilar impaciente dos dedos como quem anseia por algo que não quer, dói. O que é pior do que ter que escolher, é não ter opções. Poderia ter escolhido em lhe mandar uma carta ou contar por telefone, mas não poderia evitar sua partida. E odeio não ter opções. Não é como escolher um sorvete de morango ou o de chocolate, é como escolher viver o passado ou o presente: é possível relembrar o passado, mas você continua no presente. Escolher possuí-lo às vezes parecia-me a melhor opção, mas nunca o fiz. As escolhas e os medos andam de mãos dadas, se você quer algo, tem que superar algum medo: aquele agudo na ponta do estômago que transborda-lhe a mente e faz seus pensamentos um frenesi de lembranças e de objetivos. Se quero ver as estrelas, tenho que lidar com o escuro. E escolhi que, por mais que sofra por alguém, tenho que ser o que sou, sentir todas as dores e todos os amores, mesmo não o tendo ao meu lado, tenho em meu coração - e deste lugar, ninguém consegue o tirar. Mais do que a dor de fazer escolhas ou não ter opções, é a dor de um coração oco e um estômago sem borboletas - eu necessito do frenesi e da saudade antecipada.
E Paulo Coelho disse: "Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha e por isso terei você para sempre." e hei de concordar.
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