Eu continuo

O Eu continuo de hoje é de uma frase dumas de minhas escritoras favoritas: Tati Bernardi!

Esperar que tudo passe? Fingir que nada acontece? Fingir que não sinto nada? Não consigo, o doce e a essência da verdade me fascina. Sinceridade faz parte de mim. Pareço até egoísta e acho que sou, eu o amo tanto que lhe faço minha propriedade, não quero dividir. Só sinto que é errado quando se quer algo que não é seu e não há maneiras de que um dia isso mude. Por mais que tente, por mais que lute: numa decisão, alguém é ímpar, o outro é par, um sai perdendo, de alguma forma. E das vezes que ele perdeu, colocou um dedo a mais e saiu ganhando. E não me irritava com isso, se o fazia feliz, por que hei de estragar a felicidade dele? Porque ele estragou a minha - este seria o motivo óbvio pelo que alguém racional (e não emocional como eu) escolheria. Mas como disse, sou egoísta. Se eu o desagradasse, ele deixaria de ser meu ainda mais - isso, para mim é egoísmo, não é? Não queria perdê-lo. E agora? Eu não sei. Já o perdi tantas vezes que não consigo mais recuperar meus esforços, meus suspiros e tempo perdido com ele. Queria que alguma vez, o par e o ímpar saísse ganhando, ou até mesmo que ambos perdessem, já que sofri por ele ele também teria de sofrer por mim, e isso é no mínimo justo. Mas num mundo desse, justiça, principalmente no assunto amor recíproco (ou não), não existe. Um sorri, o outro chora - eu choro. No meu jogo de ímpar ou par funcionaria assim: eu seria ímpar, ele seria ímpar e 1+1=2. Sei que é pedir demais, mas tenho minhas ilusões, meus sonhos e minhas vontades. E quem não tem? Eu não preciso de você nem pra andar e nem pra ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado. Faça parte do meu sonho pelo menos uma vez. Torne-o realidade e não sofrimento. Seja egoísta comigo e some comigo. Perca e ganhe comigo e perceba que nosso 1+1 pode dar, sim, muito certo.