Só acho um pouco difícil de aceitar quando você pede – implora – para que essa pessoa, que chamo de amigo, pra que faça um pequeno favor. É difícil manter distância? Pra mim, é mais difícil ainda ver que alguém, um novo alguém, pode sorrir e contar todos os seus segredos para outra pessoa que não seja eu. Nenhuma lágrima, nenhum pedido e nenhuma amizade é forte o suficiente para ficar contido em mim: eu preciso, no mínimo, sussurrar um pedido quase desesperado, daqueles de quem já sabe o que vai acontecer na semana que vem. Destruir uma amizade por amor? Ou destruir a si mesmo por uma amizade? Qualquer uma das duas faz doer dentro de mim, faz-me explodir novamente em mil pedaços. E eu não quero depois sair por aí, procurando partes do meu coração que perdi, que o vento levou, ou que algum amor destroçou. Às vezes o amor - e a felicidade - vem, às vezes o amor vai. Vai pra longe ou vai pra perto demais: pra terceira pessoa que mais sabe sobre sua vida - sim, ela mesma, que você conhece desde os dez anos. O amor, o verdadeiro amor, é esquecido por muitos, lembrado por poucos. Sentido por todos. E quando se transformam em palavras, tornam-se sinceras, dolorosas e explosivas. Não consigo me conter, já que quem eu mais precisava para me apoiar não está ao meu lado, está contra mim - por mais que não admita. Se fosse procurar por outra opção, sei que me machucaria mais. Não é fácil. Por mais que o amor e a felicidade às vezes vão para longe de mim, nunca perco minhas esperanças. Um dia hei de encontrar uma fórmula para que nunca volte a sofrer por pessoas que jamais mereceram um sorriso, nem uma lágrima, talvez nenhuma ajuda. Enquanto isso não acontece, continuo a sofrer.
Ou no mínimo uma continuação - feliz, ou não.
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