Comportamento, moda, fotografia, música, textos de amor e dicas. Um Blog com tudo aquilo que adoramos fazer antes de sonhar! – Por Mariana Solis

segunda-feira, abril 25, 2011


Sobre amor e vícios

Resolvi escrever isso agora, porque eu seja, talvez, uma idiota. Uma idiota apaixonada, iludida ou alguma coisa do tipo. Não sei. Mas minha vontade foi te escrever isso, e se agora escrevo, é porque preciso – e sinto. Penso em você, se hoje seu dia foi bom. Penso também se um dia isso vai mudar. Você sabe, nós. Não sei ao certo se você ainda se lembra de nós, mas ainda sinto esse vazio teu, em mim. Um silêncio quando penso em você, uma dor quando penso em um plural no pretério imperfeito. Lembro, de repente, de como tudo começou. Ao acaso, um olhar diferente numa manhã de sexta feira. Foi diferente, foi estranho e eu não conseguia entender. Mas você, com toda delicadeza e seu jeito de sorrir que eu amo, me mostrou que não era tão estranho assim. 
Você me disse, então, que isso tinha nome. 
Nome, efeitos colaterais e que poderia viciar.
Você disse num dia desses sobre um sentimento. Que sentimento? Amor. Eu desconhecia. Você quis me mostrar, então, o que era. Me fez sentir, e pior, me fez acreditar nele. Me fez acreditar que o sentido de tudo na vida estava nesse tal sentimento estranho. Eu acreditei no amor, mas só acreditei com você. 
Talvez você foi meu primeiro e único amor, porque foi você quem me mostrou o significado dessas coisas que fazem parte de mim hoje, agora. Que me faz escrever, sorrir, chorar. E isso faz com que eu não te esqueça, só por lembrar de como foi a sensação de sentir esse amor pela primeira vez. 
Até que um dia, por razões um tanto clichês, chorei, pela primeira vez, por tua causa.
Parecia bobo e pequeno, mas senti doer. Você estava destruindo, com suas próprias mãos, o sentimento que me ensinou a sentir, que fazia parte da minha vida, desde então. Nesse momento percebi que não sabia quem tinha errado – eu ou você. Você por me iludir e fazer acreditar em amor, eu por amar justamente alguém como você. Justo alguém que entendia o amor de uma forma que eu desconhecia. O problema é que você quis que meu amor fosse diferente.
Mas você só me ensinou a amar de um jeito.
E como tudo que vicia, amor virou uma droga. Me deixou de cama, com dor de cabeça, com raiva, ciúmes, mágoa, arrependimento. Com vontade de voltar atrás e nunca ter te conhecido. Com vontade de nunca ter te perguntado o que era aquela coisa estranha dentro de mim. Nunca ter denominado borboletas no estômago com o nome de amor. Mas o mundo é efêmero e as coisas mudam. O tempo passa e em alguma hora, eu teria de sentir essa coisa estranha dentro de mim.
Sorte ou azar o meu, aprendi com você.
Aprendi não só o que era amor, mas também como é sentir dor sem ter evidências, chorar sem poder falar, e sentir sem poder fazer acontecer. Aprendi a dar valor nas coisas, nos sentimentos e principalmente nas pessoas. Aprendi que nem sempre, amor é sinônimo de felicidade. Muito pelo contrário, você me mostrou que felicidade é algo tão singular e raro quanto amor. E que esse amor pode fazer sofrer. A diferença deles, você me explicou. Me mostrou, me fez sentir.
E o que quer que eu te diga sobre amor?
Sobre o que me ensinou: você seria capaz de entender?
Eu preciso disso, mas não aprendi como te dizer, com palavras, meu amor por você. O destino resolve, algum dia desses, o que jamais tive coragem de resolver, por medo, sozinha. Te imploro um abraço, ou até mesmo um sinal que você ainda se lembra de mim.
Quem sabe um dia você apareça, ressurja dentre tantas mágoas e decepções, dizendo sentir minha falta.
Quem sabe isso aconteça num futuro próximo. Corações se pedem. E eu, bem, te peço, te imploro pra te ter aqui. Não por carência ou vício: mas por amor. Volte. Que volte com suas manias, seu jeitinho de rir, com seu jeito de me abraçar e de dizer que vai ficar tudo bem – eu amo isso eu você. Volte com nostalgia e traga de volta todas as lembranças e memórias. Me faça sentir tudo que só sei sentir com você, do seu jeito, do meu, do nosso.
Do jeito que sempre foi. Do jeito que sempre fomos.
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