Posso dizer? Tô sentindo falta tua, menino meu. Quase sangra aqui por dentro, implorando por te ter colado no meu peito, ouvindo meu coração pulsar mais forte por te ter presente. Aprendi que o passado não posso mudar, meu menino. Sei que errei, mas talvez se tu tivesse me escutado me entenderia. Fiz por amor, o que não fizeram por você. Essa tua mania de achar que às vezes me importando, e eu achando que tu deixa passar tudo em branco. Tão distraído que às vezes esquece que sou tua, assim mesmo, por inteiro. Até quando teu coração tá há milhares de quilômetros do meu. É só eu colar teu rosto nos meus olhos que já te sinto teu cheiro impregnar na alma e os bons momentos do teu lado ressoarem como presente vivo, de pele e carne. Se no silêncio que te conforta e na paz que nos protege, não tenho dúvidas: ainda te amo. Mesmo que eu tenha te perdido há um tempo, menino meu. Sinto que ainda pensas em mim, e em cada pensamento tem gotas de saudade e doses de nostalgia. Pudesse eu, estaria do teu lado agora, dizendo-lhe do que sinto falta na tua ausência. Tanta, mas tanta ausência, que encrava-me um vazio infindável que apenas tu completa, quando fala que sou teu amor para vida toda. Que sou eu que te aquece, quando o café esfria. Que sou eu o teu vício, quando o cigarro acaba.
Que sou eu o teu embriago, quando o uísque chega ao fim.
Só te desejo, menino meu, com o teu jeito meio homem, meio meu. Vem para pertinho de mim, cola aqui nesse coração que de apego só tem de ti. Amanhece, mas falta tu para iluminar meus olhos. Num bem tão precioso, num querer tão ingênuo, te digo que dos erros que cometi, o pior foi te dizer adeus. Pensei que tu ficaria, menino meu. Mas foste para longe demais, onde meu coração não sente o teu. Onde não enxergo teu sorriso nem ouço tua voz num sussurro que arrepia-me. Se tu voltasse agora, menino meu, pularia nos teus braços, derramaria lágrimas na tua blusa de algodão, deixando de lado esse meu jeito durão. Do doce que tenho desse sentimento, o meu melhor. Se fosse preciso atravessaria esse oceano, de léguas e léguas por um sorriso teu. Ou então choraria um oceano de pranto, para te ter de volta. Numa loucura minha, que tu entende, te procuro sem cessar, até encontrar teu novo ninho, com cheiro de café novinho. Em meio a devaneios, não tema, menino meu, apareço quando tu menos esperar e mais precisar.
Ao bater na tua porta, e ficar te esperando com um sorriso e o pé ansioso a batucar o ritmo da alma. Da recompensa de tanto esforço, sentir os segundos soarem lentos, por esperar por sentir teu coração acelerar na minha presença. E de te ver surpreso, engrandecer-me aqui, de dentro para fora, faz-me sentir feliz só por te ver de novo. Num abraço que já te empurro para dentro, sem querer me desgrudar. Colar teu corpo no meu, que num encaixe perfeito, descobrir que tu é a minha metade. Sem me esclarecer, sem te perguntar, como um antigo amigo que se convida a entrar, num sorriso ofegante só te dizer:
Dessa vez, meu amor, vim para ficar. Não diga nada, menino meu, desse coração que só sabe te amar, te prometo não deixar esfriar. Já sei que o café está pronto. E acredite, dessa vez nosso amor também está.
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