Comportamento, moda, fotografia, música, textos de amor e dicas. Um Blog com tudo aquilo que adoramos fazer antes de sonhar! – Por Mariana Solis

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sábado, abril 09, 2016


A Carta de Frida

Oi, querida mulher,

Meu nome é Frida. Mas pode me chamar de Simone, de Pagu, Malala, Ada, Marie Curie, Dworkin ou se preferir, Beyoncé. Somos também Shonda Rhimes e Viola Davis. Assinamos feminismo. Carregamos militância e resistência na pele.
Resistimos porque somos mulheres e acreditamos que isso não deveria nos fazer inferiores a ninguém. 
Acho que tenho a obrigação de me apresentar melhor, até porque me julgam sem saber muito de mim. Ouvi – e não foram poucas vezes – que "essas mulheres são loucas, não sabem o que dizem". Vai dizer que você, mulher, também nunca foi alvo de críticas sexistas?
Julgam-me por problematizar a indústria e toda a estrutura que faz de mim um bibelô a serviço dos prazeres masculinos. Julgam-me porque não aceito que me reduzam a coisa. Julgam-me porque todos os dias tento romper com as amarras que não me deixam ser livre. E essa coisa de liberdade é bem louca, você não acha?
Eu também.
Nossa socialização nos dá brincos aos poucos meses de vida, para garantir que estamos para sempre marcadas como mulheres. Nos dá boneca e fogão ao 3 anos. Nos dá cor-de-rosa e princesas perfeitas aos 7. Nos dá conotação precoce – ou sensação de muita maturidade – aos 11. Nos dá insegurança aos 13. Nos dá maquiagem, dietas e padrões para o resto da vida.
Mas fica aí uma grande falha do que é ser mulher e toda essa feminilidade construída com os mais perfeitos contornos do que nos afasta dos nossos sonhos.
Sendo Frida, não me aceitaram artista, muito menos bissexual. Sendo Lovelace, tentaram apropriar do meu conhecimento e da minha inteligência. Sendo Penha, disseram-me que se apanho é porque gosto. Sendo Beyoncé, tentaram me embranquecer. E se você entende o que eu quero dizer: nunca seremos boas e por isso tem algo que nos aproxima. Somos mulheres. 
E você também. E tenho certeza de que você sabe do que eu digo. 
A gente se entende porque sendo Frida ou mera desconhecida, não querem de nós autonomia, confiança, quiçá amor próprio. Querem serventia, submissão e silêncio. Principalmente nosso silêncio. E estou aqui para te dizer para que não te cale, que a voz é sua arma de resistência. Sou filha da luta e meu lugar é na revolução. Revolucione. Diga que se ama, não alimente a rivalidade feminina, acredite em você, porque a gente já acredita. Esperamos que um dia você possa se ver como a gente te vê. Como gosto de dizer, você poderia ser mais bonita hoje, se já não fosse linda sempre.
A gente acredita que você é maravilhosa e não é seu corpo que diz isso
A pele que você habita é maravilhosa porque conta sua história. 
Mesmo que não saiba, você é resistência. A ansiedade, a depressão e o constante autojulgamento são ferramentas de dor, eu sei, e também sei que não é fácil lutar contra elas todos os dias. Queremos nossos corpos livres de tudo que nos machuca. De todo não que querem enfiar goela abaixo. A gentileza consigo mesma é um passo fundamental que nos empodera, para empoderarmos umas as outras. Por isso talvez seja tão difícil deixar de dizer para si mesma o que não diria para tua amiga. Porque nossa dor é aquela que cega, que nos impede de ver que podemos ser protagonistas. 
Eles temem nosso poder, porque o dia que nos unirmos não saberão como nos deter.
Nós, mulheres, queremos fora da sua expressão as vírgulas, os pontos e as reticências que sempre colocaram no seu discurso – porque lugar de mulher é na cozinha, porque engenharia é coisa de homem ou que se deve sonhar, única e objetivamente, com casamento e filhos. A gente entende que todo recorte é necessário e seja você mãe solteira, mulher periférica, gorda, negra, lésbica, neuroatípica ou tudo isso junto: você é protagonismo e resistência.  
E eu quero te dizer que seu feminismo jamais será menos válido se suas condições de militância são precárias ou escassas. 
Não é o feminismo acadêmico e elitista que revoluciona. Militância é empatia por outra mulher e, acredite, não precisa vir sempre estampada de feminismo. É militante aquela que aconselha a amiga em um relacionamento abusivo ou ajuda a sair dele, é aquela que viu a mãe apanhar e denunciou (ou simplesmente apoiou, chorou junto, e sentiu na pele a dor de outra mulher), é aquela que na internet faz mutirão para ajudar uma mulher periférica desamparada. É tantas outras que agiram porque a luta é compartilhada. É o feminismo intrínseco que carregamos conosco.
É toda guerra que almejamos cessar antes que cessem vidas de outras mulheres.
Sua voz não precisa ser verbal. Vocalize nas atitudes. Na sua arte, como eu fiz. Na música, como Queen B. Do seu jeito, especial e único. Que o feminismo perdure nas suas pequenas ações que tanto significam para a equidade. A sua luta é imensurável porque o machismo não te prende mais por completo. Porque você não aceita discursos de misoginia, de violência de gênero e silenciamento das mulheres. Porque nossa luta faz encontrar nossa própria essência e tudo aquilo que verdadeiramente somos – e cada vez mais distantes do que querem que sejamos. 
Porque você entende que estamos aqui umas pelas outras.
Como amigas, aliadas, irmãs e filhas da luta. Da nossa luta.

Vamos juntas?
Com amor, Frida
– mas pode me chamar de... você já sabe.
Hoje o blog completa 6 anos! Todo esse tempo fez desse espaço cada vez mais importante e especial para mim. Foram 6 anos que o Antes de Sonhar deu sentido a muitos momentos da minha vida. O tempo passa, mas nunca me esqueço de tudo que almejo realizar antes de sonhar. E espero que possam levar isso também na caminhada de vocês! Obrigada, de coração!
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quarta-feira, fevereiro 05, 2014


Números x Público Fiel

No post de apresentação do Femme Folk, disse que nós traríamos novidades, debates, enfim, bons conteúdos para o FFBlogs! De cara, já colocamos um tema essencial para as blogueiras: o que investir no blog? E não é no quesito financeiro, mas sim investir no público, nas postagens, etc. Os números são bons indicadores, mas será que eles dizem tudo? Então, para inaugurar o novo canal do Antes de Sonhar, falei um pouquinho (ok, nem tanto) do tema no vídeo! Relevem os cortes, sou iniciante no Sony Vegas (hehe) mas fiz com muito carinho!



Amanda  ♥  Bárbara  ♥  Paula  ♥  Sabine  ♥  Thaís

Então, o que vocês pensam a respeito desse assunto?
Não se esqueçam de curtir o portal do Femme Folk para acompanhar as novidades!
Beijinhos, Mari.
Onde me encontrar: Facebook Instagram Flickr Youtube
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segunda-feira, janeiro 06, 2014


ENEM: Pense diferente

Sabe qual não é o problema? A prova não é o problema. Sete milhões de inscritos não são um problema. As cotas não são um problema. 
E você também não.
Três minutos pode parecer uma missão impossível. Se a sua cadeira, assim como a minha, era estreita e desconfortável, quero dizer que esse não era o maior problema. De fato era um incômodo, mas para ser sincera nem pensei nisso. O problema não é aquela matéria que você tem dificuldade, e que, por ironia do destino, está lá naquela prova de um fim de semana tão importante. Você podia estar saindo com seus amigos, quem sabe um boteco. Mas eles estão no mesmo barco que você. É a sua hora de decidir o seu futuro. Mas, me diz, por quê tanto nervosismo diante de um monte de folhas escritas? 
Quero dizer que elas não mostram quem você é. 
Elas não contam a sua vida escolar ou seu verdadeiro desempenho no Ensino Médio. Elas contam um breve estado de espírito durante um sábado e um domingo. Elas contam a sua sorte, ou até o seu azar, de ter visto a matéria na mesma semana, e vê-la em uma questão qualquer. Sorte se lembrar, caso contrário, desgosto de sua mente não colaborar na hora crucial do vamos ver. Uma prova que, sim, avalia uma parte do seu colegial, mas digo: você não é uma nota.
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quarta-feira, dezembro 04, 2013


Thigh Gap: nos limites da obsessão

Dia 4 – Questão de opinião
Mais uma vez, os padrões de beleza vão até mesmo contra a anatomia do corpo humano. Ou melhor, do corpo de diversas garotas que não têm estrutura para ter o tão desejado espaço entre as pernas, ainda que com os pés juntos. Thigh Gap, coxa espaçada ou aberta em tradução livre, é o novo símbolo de appeal entre as americanas. 
Não é difícil identificar a inspiração: as passarelas da moda. 
Modelos com corpos extremamente magros e quase sem curva alguma. E aí, caras adolescentes, que mora o problema. A genética tem um ponto fortíssimo nessa questão. O desejado vão entre as pernas está super relacionado com o ideal de thininspiration, de corpos magros, barriga chapada e bumbum durinho. E, acreditem, até associam a uma vida saudável! Doce engano. Incontáveis meninas se submetem a dietas extremas e até à subnutrição só para ter um espaço entre as pernas. Tudo bem se disser que ao cruzar as pernas fica mais bonito e ao andar também. 
Mas o que mais assusta é fingir que não existem outras formas de beleza
São várias e várias formas de ser e de se sentir bonita. E nem precisa de um buraco entre as coxas. Sabe, acredito muito no poder do amor próprio e da auto-estima. No fim das contas, a personalidade é o que mais conta. O corpinho seco e com thigh gap vem de brinde. Essa inversão (primeiro o corpo, depois eu) é dolorosa e cruel. Tristemente, a mídia fortalece essa influência. Não tem problema n-e-n-h-u-m se as suas coxas se encostam e isso não te faz pior que ninguém. Elas são lindas dessa forma! Eu assumo: amo as minhas e sinceramente, jamais me submeteria a uma ideia –convenhamos– louca para um ter um thigh gap
Engraçado que, enquanto eu procurava mais sobre o assunto, me deparei com várias garotas do "movimento" que defendem com unhas e dentes as coxas espaçadas e ignoram o quadro doentio da prática. Muitas delas não sabem que, mesmo com o emagrecimento de forma excessiva e sofrida, o thigh gap NÃO vai aparecer
Simplesmente porque elas nasceram assim. 
Porque a estrutura óssea dela, principalmente os ossos do quadril, não permite que haja ali o vão. Claro que, sem generalizar, muitas meninas praticamente "nasceram" com o thigh e se consideram sortudas. E conseguem ser bonitas dessa forma. Por outro lado, coitada daquelas que invejam um espaço tão pequeno, mas com consequências tão grandes à saúde. E se perdem na beleza alheia por não entender que o amor próprio que deveria estar fortalecido dentro delas, independente de um thigh gap. Nas coxas estão os músculos mais fortes do corpo, responsáveis pela sustentação e essenciais no bombeamento do sangue. E aí, na neura de ser skinny, garotas e mais garotas perdem massa muscular rapidamente e comprometem até mesmo a carga hormonal. Deplorável, não é? E a paranoia já é tanta que algumas delas optaram por uma intervenção cirúrgica e considerada muito dolorosa, para se adequar à efêmera beleza superficial e vazia. Não consigo me conformar. Esse ideal tão enaltecido não constroi a beleza concreta, consolidada e para a vida toda. E eu falo da real beleza, a que vem de dentro.
Não sei, mas prefiro investir em outros limites. Nos limites da alma e da mente. E de obsessão dispenso qualquer ajuda. Procuro meu espaço no mundo e não entre as pernas. Sou dessas.
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quarta-feira, dezembro 19, 2012


2012, Momentos – Dia 19

Dia 19 – Solte o verbo!
Sobre a maldição da humanidade
O erro é relativo e o acerto depende do ponto de vista. Aí, críticos sociais que somos, julgamos o certo e o errado. E, por meio das nossas circunstâncias e achismos, avaliamo-nos dignos de denegrir o outro. Se não concordar com isso, discuta comigo. Diga que estou errada. Mas, ei, nós somos livres para ter nossa opinião, não é mesmo? Mas ninguém jamais disse que poderíamos usar esse direito para empregar à alguém um dever. As escolhas, por mais pessoais que sejam, também refletem no convívio em sociedade. Uma das consequências (muitas vezes inevitáveis) é o preconceito, o julgamento de alguém que não está nos padrões. Na teoria é simples, ninguém deve interferir nas nossas escolhas. Mas como a sociedade lida com decisão de um jovem, estudante de 21 anos, nos últimos anos de medicina, de ser homossexual? Alguns até o chamariam de incompetente, por um pré conceito de uma evasão dos padrões. Esse é um exemplo, entre tantos outros que existem por aí. Quantos e quantos casos de xenofobia e bullying ouvimos por aí? Não estamos impunes do preconceito. É uma grande mentira dizer que não se tem. Volto a falar, na teoria, é tudo muito fácil. Mas na prática? Complicado. Sim, eu sei e admito, também estou inserida nessa. A fobia ao outro (de suas escolhas, principalmente), interfere até mesmo na nossa própria rotina. Porque o preconceito rompe a tranquilidade, enraivece a alma e impede-nos de conhecer pessoas que, apesar das diferenças, podem ser ótimas amigas. Exatamente, são diferenças e não erros. Não há nada de errado num homossexual, num negro, num muçulmano ou até mesmo no nerd da sala. O maior empecilho, na verdade, não está no outro. Está em nós. Enxergá-lo e saber como lidar com ele é um grande passo para a paz. Um discurso às vezes meio clichê, não é? Clichê porque quando descobrem isso, querem que o outro também descubra. Assim como eu descobri, não existe empecilho para quem quer mudar. Mudanças pequenas que contribuem para que o julgamento seja, por fim, algo positivo, resolvido em boas conversas e tranquilas. Ou mesmo, nem isso. Para uns, mais radicais e centrados, apenas a proximidade, já é um bom começo. Afinal, erros todos nós cometemos e, sinceramente, só são realmente erros quando nós assim o consideramos. Do resto, é palpite alheio. Ao invés de julgar o outro, saber julgar primeiro a nossa não-perfeição, nos faz bem, bem melhores. Porque, pode até não parecer, o maior erro de um ser humano, é achar-se superior para julgar o outro. Somos todos iguais com o pleno direito de sermos diferentes. O que na teoria também é lindo. E na prática... Nunca é tarde para você descobrir.
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domingo, abril 22, 2012


Bom dia por quê?



"Quando abro a cada manhã a janela do meu quarto,
É como se abrisse o mesmo livro, numa página nova..."
– Mário Quintana
É incontestável que o mau humor reine sobre muitos da sociedade. De fato, a rotina leva ao estresse e um cansaço esmagador. Pode até ser justificável, afinal, famílias precisam do seu sustento por meio do trabalho e, muitas das vezes, não se vê o mérito desse. O esforço é excessivo a tal ponto que filhos só veem seus pais durante uma ou duas horas no dia. E aqui aconteceu algo que entristece. O contato no grupo que se faz base excepcional desde o nosso nascimento, torna-se algo que só está unida, no seu verdadeiro conjunto, por menos de duas horas por dia! É frustrante. E então, o reflexo dessa desunião, já começa pelo simples ato de desejar a alguém um bom dia.
E a resposta desse alguém –provavelmente estressado– é um... bom dia por quê?
Na verdade, muitos entendem essa atitude de desejar um dia bom como uma ofensa. Bom dia por quê? Então você quis dizer que o meu dia está ruim? Bom dia por quê? Eu nem queria estar aqui. Essa história toda nem justifica o desrespeito de quem responde de uma forma tão rude e ignorante. Tão mais fácil dizer um bom dia de volta.
Se devemos ser contagiantes, então que seja de coisas boas.
Mas contagiar mau-humor... Por favor, não!
Então, é por esse e tantos outros motivos, que desejar um dia bom não signifique que antes disso, ele estivesse ruim. Pelo contrário, independente de como ele esteja, o seu dia pode ser melhor! Bom dia porque o céu está mais azul ou porque a chuva dá vida à natureza que te rodeia. Bom dia porque você pode andar, falar, trabalhar ou estudar sem nenhuma dificuldade. Bom dia porque você não passa fome, nem frio, nem sede, nem carência do que te é básico. Bom dia porque o ar chega aos seus pulmões, o sol aquece a tua pele e o amor te move na vida. Você pode ler, escrever e compreender, mesmo com dificuldade, uma equação matemática! Às vezes, por mais que tenhamos tempo que nada faça sentido ou seja, realmente, um momento feliz, saiba que há pessoas que te amam incondicionalmente! Isso não soa perfeito? Se hoje não está dando certo, amanhã pode ser melhor.
Por que deixar de acreditar? Aproveite. Mesmo que você caia hoje, são os tropeços da vida que te mostram o quanto é bom alcançar seus objetivos. Desistir não faz ninguém melhor. O mau-humor não tira a agonia de um instante.
Contagiar é uma forma fácil de fazer o bem, sem contestar o porquê de um bom dia.
O essencial é viver.
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quinta-feira, abril 05, 2012


Prefiro não falar!

Quer saber? Prefiro não achar nada a ser julgada por algo que faça sentido para mim. O grande problema está que ninguém cede seu ponto de vista para entender a opinião do outro. A verdade é que somos feitos de achismos pré-concebidos, de pensamentos imutáveis e um belo ponto final, peremptório e decisivo de...
Não discuta comigo.
Assim se dá o começo de opiniões formadas, que não se permitem a novas discussões sobre um determinado assunto. E sinceramente? Comportar-se dessa forma é ignorância demais. Ao invés de expandir horizontes e conhecer novas opiniões a respeito, as pessoas se enclausuram em uma concepção singular, única. Tem um clichê que diz que não se ensina truque novo a cachorro velho.
Agora até filhote não quer mais aprender.
Uma visão pessoal, algo particular e subjetivo, conspira a uma visão que não muda e se assim for, seria eterna. Por esse motivo já vi amigas brigarem, namorados terminarem e conhecidos julgarem àqueles que pouco conhecem. Seja lá qual for o assunto, muito tempo já foi perdido com o que não merecia tanta atenção. Discutir vale a pena? É impossível manter corinthiano e palmeirense amigos? Loiras e morenas não podem conviver juntas? Restart é pior que Luan Santana? Mulher no volante é um problema? Cheguei à conclusão de que é só um monte de intrigas que não levam ninguém a lugar algum. Por que sempre existe uma disputa de quem é melhor?
São atitudes desse tipo só provam o contrário. Que ninguém é melhor que ninguém.
No entanto, ainda insistem em dizer que meu time é melhor, sua religião não presta, seu partido é corrupto. Jamais buscam as razões da outra pessoa pensar diferente. Analisar as possibilidades e tirar algum proveito delas é questão de honra. Como se as pessoas dissessem: não concordo com você e não aceito o que você pensa. 
Mas, ei! Pensar diferente não é pensar errado!
Por isso que hoje já prefiro não discutir. Posso até me dispor a entender o outro, mas está cada vez mais difícil encontrar alguém que faça o mesmo. Para quê, me diz? Se você for assim, tente –eu imploro!!!– que me entenda nessa situação. Torcemos para times arquirrivais de anos e anos de campo. Podemos ser amigos? Alguns responderiam que não. Ah, é só porque eu torço para o maior rival do seu time, isso significa que jamais poderemos nos conhecer? Então, caro ignorante, lamento. Você não me conhece e já vem com uma dúzia de preconceitos por causa de futebol. É realmente decepcionante que você deixe de conhecer alguém por causa de onze caras que jamais te viram na vida. Vai, vai lá torcer para o seu time, prefiro mesmo não falar do que perder meu tempo com discussão sobre bola e caras suados.
Prefiro não falar nem discutir com gente desse tipo. E sabe por quê?
Porque eu amo as diferenças e é uma pena que nem todo mundo consiga lidar com elas.
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domingo, março 11, 2012


Look: Turn your Radio on

Essa semana recebi uma notícia super especial. Fui convidada para participar de uma entrevista num programa de rádio ontem (sábado 10/03) para falar de um assunto que sou apaixonada: Blog e Redes Sociais! Foi uma conversa super tranquila, onde eu como blogueira, Adriane Melo, psicóloga, e Rafael, estudante de publicidade pudemos nos posicionar e falar aquilo que pensamos sobre a Internet. Foi uma entrevista super interativa e bem legal de saber a opinião de alguém que lidasse com o mesmo tema, só que de pontos diferentes.
Foi uma experiência super divertida (ainda mais que era ao vivo!) e aproveitando essa oportunidade, fotografei o look super confortável que usei para a ocasião!

Trouxe para vocês um pouquinho da minha entrevista! Espero que gostem!
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terça-feira, fevereiro 28, 2012


Sobre aquele Velho Ditado

Lá se vê, no horizonte, os paradigmas da sociedade. Ei aqui, o maldito senso comum: mania de um corpo social supostamente organizado, porém vivente de conflitos e desordem. Nessa coletividade, são transmitidos pensamentos imutáveis ao longo de suas gerações, sobre o certo e o errado. Os tais clichês que surgem em horas inapropriadas, encaixando-se perfeitamente em situações que lhe causarão incômodo. O exemplar mico da tia.
Eis aqui, aquele velho e odiado ditado.
Não quero falar sobre algo que você realmente já ouviu – cumpre esse papel aquela tia chata com quinto grau de parentesco. Se a observação permite-me analisar, porém sem direitos de julgar, apenas me delicio com aquilo que vejo. Dever tenho de ser direita, indiscreta e neutra – não que isso signifique que eu seja sem opinião. A diferença é exime: opinião critica, mas não denigre. Sobre aquele velho ditado, quero lhe fazer refletir comigo nos próximos cinco minutos. Se para você tempo é dinheiro, que vamos direto ao assunto.
O sentimento que possuo é de indignação. Pouco compreendo da sociedade em que vivo e dos valores atribuídos pelos seus integrantes. O alerta já vem sido dado, porém não aplicado. Que seja generalizado, mas o mundo realmente está perdido. Algo semelhante ou exato à inversão de princípios. A desordem é o princípio do caos, mas o desejo pode ser o começo de uma revolução. E aí que mora o problema: a desordem reina, mas a revolução não acontece. Não há caos nem desejo. Vivemos pendentes no meio termo. 
Como diria a tia, estamos em cima do muro.
Entre os jovens, o bullying. Uma ação delinquente, pejorativa e desumana. Casos de crianças com desejos anormais e forte repreensão por indivíduos do mesmo tamanho que ele. E mesmo assim, situações fora de controle. Diria alguns orgulhosos: falem bem ou falem mal, mas falem de mim. Pena que isso não se aplique com exatidão na prática. As consequências desse ato tão fracassado, ridículo e eloquente, são frutos de uma educação não imposta. Não há fortaleza ou frases clichês que suportem o mal da crítica coletiva.
Mas nada como um dia após o outro. A vida continua.
Se um dia você encontrar alguém como vou descrever, ou se você já conhece esse alguém ou se você for esse alguém, por favor, reflita. Isso sim merece doses de desespero. Falo daquilo que falta e nessa ausência, tudo compromete. A dignidade. Sabe aquela típica gostosa da balada? Muitos acessórios, pouco pano, muita sensualidade, pouca inteligência. Essa sim, deve ter ouvido horas e horas dos velhos ditados, mas jamais pensou em um dia aplicá-los. Afinal, alguma vez você já ouviu –desculpe o emprego da palavra– uma vadia dizer: antes tarde do que nunca? Que cautela nunca é demais? Ou cada coisa no seu tempo?
Tão irônico se não fosse trágico.
As aparências enganam, mas a piriguetes são previsíveis. Você sabe exatamente a hora que ela vai dar mole, jogar o cabelo pro lado e se fazer de difícil. Um pouco mais de resistência da parte do conquistador e logo ela se dá por vencida. E inúmeras vezes, na mesma noite, ela perde essa "batalha". Acho incrível o quanto essas frustradas não pensam duas vezes antes de agir. Simplesmente se desvalorizam, deixam que façam o que quiser –se é que vocês me entendem– e são tratadas como brinquedo, nunca como mulher. Não aproveitam a idade, a beleza, a oportunidade e a maquiagem para conquistar algo muito melhor: o valor de si mesma. Mas fazer o que, se gostam mesmo é de serem pisadas, já que não amam nem sentem, se enclausuram em decepções por serem tão passageiras. 
Se caírem, do chão não passam.
Ainda bem.
Dessa vez eu cumpro o papel da tia. Fica aí o recado para aquela gostosa da balada – a supérflua vistosa, gostosa solitária. Se tem alguém que mereça ouvir, passe a mensagem... Mas se for assim bebê, lamentável te dizer – se você é o que você come, analise o que você tem digerido da sua vida nos últimos tempos. Se é essa a imagem que gostaria de transmitir, ou se algum clichê diz exatamente o que você faz de errado. Tente repensar. Tuas atitudes refletem o que você é. Diria minha tia que nem tudo que reluz é ouro
Então, quando é que você vai sair dessa vida de bijuteria, queridinha?
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sexta-feira, janeiro 20, 2012


Blogueiros Estrelinhas

Se você for um blogueiro, por favor leia isso. Você leitor, também precisa saber. Não ignore. Venho hoje falar de algo que me incomoda e muito. São experiências que há muito tempo noto nesse meio que tanto me apeguei: o Blog.
Quem faz parte da blogosfera, certamente conhece o Volta, Mundo Blogueiro. Muitos de nós que já estamos na rede há mais tempo, sentimos extremamente desconfortáveis com os absurdos que estão acontecendo por aqui. Plágio está cada vez mais frequente, blogs sendo criados para criticar um blogueiro, xingamentos e a importância de ter seguidores.
Minha vontade de dizer tudo que você vai ler, não vem do nada, sequer de um fato isolado. São frutos que foram colhidos ao longo de quase dois anos aqui no Blog. 
À medida que aqui crescia, eu não notava a proporção que tudo começava a tomar. Eu, porém, comecei a sentir os dois lados de ter uma página como esse. Se você nunca manteve um Blog, não tem noção do trabalho que dá para você ler esse texto. No início eu acreditei que seriam mil maravilhas, e tudo foi se mostrando diferente demais. Desde que o Blog começou, da estaca zero, me dediquei o máximo de pude e da forma como pude. Muitas vezes fui recompensada, no entanto algumas coisas foram revertendo de outra forma.
Eu conheci pessoas maravilhosas aqui.
E outras prontas para lhe ferir o máximo que podem.
Hoje, já vejo tudo isso de uma maneira muito realista. No Blog, apesar do imenso carinho que tenho por esse cantinho tão meu, fui vendo que várias pessoas faziam de tudo para denegrir minha imagem, me julgando sem ao menos me conhecer. Chegou num ponto que as pessoas já começavam a interferir na minha própria vida pessoal! E enquanto isso, outras se achavam no direito de ditar aquilo que devo fazer, como fazer. O layout de um jeito, o conteúdo, até minhas fotos! E isso nunca coube a eles, só e somente só a mim!
As coisas foram piorando cada vez mais.
Comecei a notar os primeiros sinais de cópias do Blog. É inacreditável que uma garotinha tão boba sempre disse me odiar e adivinha... ama copiar até as minhas vírgulas. Pior ainda, quer competir com o Antes de Sonhar, afirmando que o blog dela é muito melhor que o meu. Espera aí: eu não estou aqui para isso! Que eu saiba, o meu blog sempre foi algo que botei os leitores em primeiro lugar, não os seguidores. Inúmeras vezes, a tal garota que prefiro nem me referir ao nome, se dirigiu à mim apenas para me machucar e me botar para baixo. Tanta infantilidade que ainda faz isso dizendo do meu corpo. Falando que sou gorda, feia, "photoshopada" e tantos outros adjetivos tão esdrúxulos que não tenho nem coragem de falar aqui. É digno de pura pena. Isso me faz pensar que é tanta inveja, que chegou num ponto que ela só consegue se equiparar tentando me fazer sentir mal. E ela não consegue, porque eu tenho algo mais forte.
Eu tenho Deus, uma família, verdadeiros amigos e vocês leitores!
Mas não é só isso, não termina por aqui.
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quarta-feira, dezembro 28, 2011


A Extinção do Papai Noel

Com essa onda de mundo em crise, aquecimento global, venho a imaginar que coisas invisíveis também podem extinguir. Há um tempo percebo que a magia acaba, lenta mas gradativamente, em essências que na nossa infância nos fez felizes. Vejo cada vez mais crianças desiludindo de histórias infantis. É sério demais.
Será que Papai Noel existe para sustentar o pensamento capitalista de consumismo?
Na verdade, soube de algo que me preocupou e muito. Criança que eu saiba (na minha época), queria brinquedos. Meninos carrinhos e meninas bonecas. Depois bicicletas, fogõezinhos, animais de estimação, etc. Alguém me explica por quê diabos as crianças só querem saber de ganhar celular de Natal? Na minha infância creio eu, não tinha celular nem para os adultos, tampouco para um ser que mal sabe se comunicar. Sinceramente, julgo como futilidade. Mas é claro, vivemos numa sociedade que muda o tempo todo.
Só que já chegou num ponto que as crianças já têm que ser adultas cedo demais!
E então descubro que um garotinho de 7 anos não acredita mais em Papai Noel. Muitos dizem –e concordo– que não há o que festejar do Sr. Barbudo enquanto milhares de crianças morrem mundo afora e ninguém lhes dá apoio. Mas, espera aí: o que a pobre criancinha, que mal sabe escrever, tem a ver com isso? Qual o problema de deixarem um pequeno menino acreditar em Papai Noel? Eu nessa época pelo menos, era muito fiel ao Papai Noel. Ai se alguém dissesse mal dele! Eu defendia até o fim.
Papai Noel existe sim.
E ponto!
Então, vejo a magia se dissipar no ar. Acredito que trenós e Pólo Norte ainda existam porque há empresas que precisam sustentar suas vendas. As crianças cada vez mais perdem a essência do não possuem: responsabilidade. E nessa fase tão deliciosa de brincar, estão alienados, confinados e desconhecem uma real infância. É digno de pena. Acredito que muito além de estimular o consumismo, Papai Noel também ajuda no desenvolvimento das crianças enquanto seu caráter. Toda aquela historinha de recompensa por ser um bom filho sustenta muito a mente desses pequenos indivíduos. É bem mais fácil, não é? 
Assim se faz o aprendizado infantil. 
Lições de moral são dadas em fábulas que animais conversam. De tantas formas podem existir o bem e o mal, e é essencial que desde a infância seja mostrado que alguns caminhos não devem ser seguidos. Aprendem com os exemplos a compartilhar, a serem pessoas boas e não egoístas. Nesse modo tão encantado de mostrar o mundo, julgo que é imprescindível. É cruel demais mostrar o sofrimento para um menino de 7 anos ou falar que tudo é mentira. Dói-me saber que alguns já tiram cada vez mais cedo os sonhos dessas criancinhas. Duvido muito que um dia eles vão subir num pé de manga, entrar ferpa no pé ou tomar leite na vaca.
A história já é outra: o video-game faz tudo ser mais fácil!
A extinção de toda essa magia começa pelos pais. Tudo pela segurança e conforto. Ficam, então, confinadas dentro de casa na frente da televisão, vendo filmes infantis de estrepolias que eles nunca vão fazer nem algo parecido. A disciplina fica cada vez mais difícil e essas crianças se tornam adolescentes rebeldes com mais frequência. O fato é que desde cedo não lhes mostraram a liberdade e os limites. É trabalho demais e tempo de menos para criar os filhos da forma que se deve. Acreditar em Papai Noel faz bem. Dar limites aos filhos é essencial. Deixá-los experimentar coisas novas nessa fase também. Ganhar um celular não é certo, tampouco um cartão de débito
Criança tem que ser criança enquanto pode! 
Esse é o meu apelo: devolvam a infância roubada desses pequenos inocentes! Eles não têm culpa, deixem-os acreditar em toda essa magia. Nem que seja pelo bem deles porque ainda é tempo, há solução. Tudo isso só me faz pensar que Papai Noel vai entrar em extinção bem antes dos ursos polares. E quando for tarde demais, só me resta dizer que sinto muito: 
Nenhum deles sobreviveram à mais um estrago que o homem fez com suas próprias mãos.
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segunda-feira, dezembro 19, 2011


2011, Memórias – Dia 19

Dia 19 – Algo ou alguém que seja tudo para você hoje
Oi gente, tudo bem com vocês? Esse é um assunto que se você não acredita em Deus, é melhor nem ler. Como a proposta desse desafio é algo muito pessoal, independente da sua religião, não leve como insulto ou ofensa. Guarde as críticas para você, simplesmente :)
Ontem foi apresentado na reunião do meu grupo de jovens os vídeos do I am Second (Eu sou o segundo). São pequenos vídeos onde as pessoas contam a sua história, mostrando como eram suas vidas sem Deus. Cada um demonstra as formas que encontraram Deus nas pequenas coisas, nas pessoas e por fim, na sua própria vida. Nosso grupo ficou tão fascinado com essa história, que estamos espalhando os vídeos pelo Facebook e estamos conseguindo que cada vez mais pessoas descubram que Deus está em primeiro lugar, e nós somos os segundos. Para mim Deus é tudo, é a razão, o motivo, o chão. Sou muito grata a ele, e eu também descobri: I am Second.
Trouxe alguns vídeos dessa linha, e quem quiser ver mais acessem o canal no Youtube ou o site.

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terça-feira, outubro 25, 2011


Sustentabilidade Vende

Sustentabilidade é assunto sério. Pra lá de debatido, todo mundo já sabe de cor e salteado: se continuar do jeito que estamos, a humanidade tem seus dias contados. É um alerta que roga por reduções, reciclagem e consciência. Muito se vê em escolas atitudes de despertar grande admiração e vontade de ser melhor. Ainda há esperanças que as próximas gerações vejam o grande problema e desafio que o seus antepassados colocaram em suas mãos. 
Só que tem um lado da história que não conhecemos. Mas apoiamos.
Ecologia virou mercadoria.  E ser sustentável está sendo banalizado. Agora tudo que envolve a natureza vira marketing. Holofotes, palestras, propagandas! Muitos, muitos aplausos! Essa sim é uma empresa amiga. Todo o mérito e honra, na divulgação do horário nobre. Mais uma vez, os exageros do capitalismo. Ninguém sabe, mas tanto alvoroço por um ideal que é sim, lindo, só que não testemunhamos. Suponhamos que aí venha o comercial:
Nós, da empresa X, reciclamos. Somos sustentáveis e ecologicamente corretos. Foram Y toneladas de materiais recicláveis recolhidos. O dinheiro arrecadado deu emprego a Z pessoas. Somos amigos verdes, da natureza e de você.
Lindo. Admirável. Principalmente, comprável. Você consumidor, que viu esses trintas segundos de blábláblá comovente, é óbvio que vai optar pela empresa X e não pela W. Sim, eu também escolheria. O ponto que eu quero chegar é que não conhecemos o que eles fizeram na realidade. A empresa na verdade, colocou cestos para a coleta seletiva nas suas indústrias. Recolheram várias toneladas de materiais recicláveis em dez anos. Essa mesma quantidade vale aos poluentes emitidos em um dia de funcionamento da empresa. Os empregos dados não equivalem ao tanto de funcionários demitidos pela tecnologia.
E enriquecem. Poluem mais, desmatam mais. Constroem enormes impérios, dominam o mercado. E os consumidores, vendados, aplaudem, lutam por uma causa vazia de mentes geniais. É muita propaganda e engolimos todas. Empresas verdes fazem sim o bem, mas pensam nelas primeiro. As consequências vêm depois dos milhões na conta bancária.
E nessa ascensão toda, somos refém de um pensamento que deveria vir para o bem, não pelo consumo. Preservar vende, mas desmatar vai ser necessário uma hora. A extinção é certa. Para tirar o peso da culpa,é fácil: só fazer uma propaganda depois.
É um ciclo que viciou e não vimos, mas estamos nele. E nada se conhece das mentes que estão por trás de tudo isso. Ninguém sabe se o filho do dono fecha a torneira enquanto escova os dentes. Ou se as luzes foram apagadas. Se o ar condicionado ficou ligado na ausência, para garantir o frescor de depois. Só apoiamos a máscara do belo, do correto, do consciente.
Mas será que é belo mesmo? O que eles fazem não é errado? É consciente? 
Tudo não passa de uma farsa? De uma ilusão que vende?
A verdade é que o supermercado continua aberto e você está lá todas as semanas, comprando produtos à cega. Eu também compro. Todo mundo compra. Eles continuam lá, em prol de valores capitais, denominando-se ecológicos. E os holofotes brilham! Os panfletos voam por ares, ignorados. As propagandas repetem-se, sugam, tomam o consumidor! E eles enriquecem mais, mais, mais. Sem parar, a todo instante! Vende, vende, vende e engrandece. Vira um monopólio incontrolável.
Só que ninguém sabe. No final, lavam suas Ferraris e mansões com mangueira a jato.
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sábado, agosto 13, 2011


Do que vejo aparentemente por aí

Não é difícil olhar para o lado e deparar com uma situação muito complicada. Mas é igualmente fácil encontrar a solução para esse problema, e que a situação é complicada por escolha própria de quem vive. Do que falo e também vejo, são sobre as principais polêmicas vistas na televisão ou em qualquer outro meio de comunicação. Aliás, quer ver desgraça? Ligue a televisão.
Ou nem precisa ir tão longe. Simplesmente olhe um conhecido, alguém nem tão distante assim.
Histórias muitas vezes com finais trágicos começaram aparentemente felizes, com uma roda de pessoas que ali também são, aparentemente, amigos. Mas a verdade é essa: aparentemente está tudo bem. É só uma dose, uma cheiradinha, um cigarro. Afinal, seu corpo nem vai sentir, e ninguém precisa saber, principalmente sua família, que você já experimentou aquela droga. É só uma vez, prometem. Só para sentir todo aquele sentimento de força e capacidade que um dia te tiraram. Só para sentir toda aquela paz, só para descontrair. Você parece tão tenso... toma aqui, isso e isso. Não, não é nada, é só uma balinha gostosa. Um copo, refrigerante com vodka. Quer um canudinho? Vem cá, vamos dançar. 
Convidativo, atrativo, mas nada inofensivo. De pouco em pouco, o vício. Sempre mais, sem parar. Os primeiros sintomas do que aparentemente não afetaria. Embora ainda dê tempo de parar, a escolha feita é de ficar ali. Alucinados, distraídos, quase mortos. Numa geração que apenas os próximos dias fazem preocupar, consequências não são notadas, tampouco planejadas. São rumos a serem tomados cedo demais. Que quase sem pensar, cada gesto é um sinal de imaturidade. E valores que deveriam existir, não se sustentam na consciência intuitiva do certo ou errado. Simplesmente não servem para nada. 
Por quê, então, ligar a televisão? Mudar a realidade que cerca, sem precisar enxergar o que acontece na capital, pode parecer que não, mas faz diferença.
Aparentemente apenas, escolhas de adolescentes, pseudo-adultos-loucos, são quase escravos de um futuro que não querem escolher. Preferem, pois, o que às cegas sentem. Entorpecidos e insanos, escolhem não escolher. Estancar no presente infeliz, drogado, isolado, sem esperanças. Desconhece-se Deus, e Ele só existe (erroneamente) nas horas de extrema dor e/ou necessidade. Ah, meu Deus, preciso de dinheiro. Preciso de mais, mais, mais. A verdade é que o que o corpo limitou, não é mais um limite.
Até a anormalidade é normal agora.
O que julgam os olhos de uma normalidade inexistente, adolescentes que se prostituem, crianças de doze anos que bebem e traição, são coisas aparentemente quase aceitáveis. Beijar trinta garotas numa noite é normal, uma garota beijar cinco também. Esquecer o próprio nome de tanta bebida e droga. Aproveitar, dizem. A noite é uma criança. Garotas de dezessete anos grávida de gêmeos é sinal de felicidade. Assassinatos são justificáveis. Se não aceitam essa realidade, não fazem questão de mudar.
Viver já não tem mais o mesmo valor.
Ofuscam, então, o que deveria ser valorizado. Quem sente, quem vive, quem escreve. Quem sonha, quem ama, quem luta. Tantas pessoas, talvez minoria, que escolheram o que faz bem para a alma, para o coração. E daqueles que se fazem a maior parte, que erraram cedo demais e que, novamente por aparências, preferem continuar num sofrimento que não vale a pena. Que preferem sensações que não se igualam ao bater forte de um peito apaixonado. Preferem o irreal, o alucinógeno, o suicídio. Por mais que pareça já não restar chances, enquanto há vida, ainda dá tempo.O problema é que a única pessoa que tem que querer, é quem escolheu estar ali. Dentre tantas escolhas, saber o que não leva a lugar nenhum é uma questão de consciência. Ter como destino a morte não é algo que deveria ser desejado, tampouco escolhido.
A tênue diferença é o modo como você encara uma escolha que não deveria ser, nem aparentemente, uma opção.
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segunda-feira, novembro 22, 2010


Geração Twitter

- Eu tenho medo.
- Eu te protejo.
- Mas eu tenho medo justamente das pessoas.
- Até de mim?
- Até de você.
Esse texto não fala de sentimentos verdadeiros. Mas sim da falta deles.
Não confio mais nas pessoas, não saio contando segredos por aí. Sempre existiu gente falsa, mas parece que a situação fica cada vez mais drástica. Não é só gente falsa, mas gente insana. Tudo bem, temos sim que aproveitar a vida ao máximo, mas não entendo. Drogas, bebidas e armas pra que? É bonito sair por aí alucinado? É bonito sair por aí vomitando porque bebeu demais? É bonito matar alguém inocente que tinha vida e família só para pagar o de fortão? Fortes são aqueles que lutam pela vida. Os que batalham diariamente para que algo valha a pena. Pessoas assim não precisam mostrar sua beleza por aí, ela simplesmente está no sorriso e nos olhos. A consciência, a noção do certo ou errado vem de cada pessoa. Sabe o que eu penso? Vamos supor que a maconha seja legalizada no Brasil. Quem já usava, vai continuar a usar, mas agora na frente de todos. E quem não usa, se realmente tiver consciência que aquilo faz mal e mata, essa pessoa vai continuar sem usar. Porque essa pessoa luta pela vida e por algo que valha a pena. Não é bonito ser bonito e nem é bonito ser feio. O que eu quero dizer é. Não adianta tentar ser "bonito" exibindo-se bebendo uma garrafa de tequila ou matando dez por aí. Isso é ser feio. Não, não estou dizendo de beleza, mas sim de atitudes que, no fim, são elas que realmente importam.
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quinta-feira, novembro 04, 2010


Eu ♥ Brasil!

Não sei se eu ando importando demais com essa coisa de eleições e todo esse drama de "Brasil - e agora?", mas eu ando amando o Brasil sem ser na época de copa. Sinceramente, quer coisa mais ridícula do que amar um Brasil que só joga futebol? Nos Estados Unidos, independente de estar em época de modalidades esportivas ou não, sempre se vê uma bandeira dependurada por lá.
A realidade é que estamos submetidos diariamente à uma imposição cultural nos meios de comunicação e produtos. Tudo à nossa volta tem a língua inglesa. Você vai comprar um Colgate? Então você compra um Plax Withening ou então um Tartar Control. Vai comprar um desodorante? Tem que ser o Invisible Dry. Vai escutar música? É Lady Gaga. Objeto de adolescentes é teen e banda brasileira "famosa" é Restart. Vai colocar nome num blog? Tem que ser "Psiu, I love you" e não Psiu, eu te amo. Essa crítica também se aplica à mim e provavelmente à você. Ninguém está imune da influência exterior.
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